Ministro da Cultura critica antecessores por desperdício
"Nos últimos oito anos desperdiçou-se a oportunidade de executar, de gastar bem, um orçamento anual inteiro do MC", disse Pinto Ribeiro, frisando que "a não-execução hipoteca também os orçamentos futuros".
Ao intervir na reunião conjunta das Comissões Parlamentares de Ética, Sociedade e Cultura e do Orçamento e Finanças, onde esteve ontem para apresentar a proposta de Orçamento da Cultura para o próximo ano (212,7 milhões de euros), o ministro anunciou medidas para evitar "o desperdício" dos últimos anos e que passam por uma execução orçamental "aturada e rigorosa" em 2009. E, para que não restassem dúvidas, tornou públicos os valores orçamentados e executados pelo Ministério da Cultura desde 2000 até agora, provando, assim, que "ficaram por executar um total de 259 milhões de euros".
Apesar de ter afirmado que o orçamento que lhe está reservado para 2009 não é o que gostaria, o ministro desvalorizou o ténue aumento de 0,4 por cento atribuído ao MC relativamente a este ano e prometeu executar bem. Para aumentar os meios financeiros para a Cultura, prometeu fomentar parcerias como a criação do Fundo de Artes e Indústrias Criativas, criar o cheque-obra (uma espécie de mecenato pago em espécie na área das empresas de construção) e ainda abrir linhas de crédito do Millennium BCP e da Caixa Geral de Depósitos, especialmente para os artistas plásticos.
Já depois da reunião, Pinto Ribeiro revelou à agência Lusa que o futuro pólo da Cinemateca do Porto vai funcionar em três espaços distintos: Casa das Artes, Casa Cinema Manoel de Oliveira e Fundação de Serralves. "O projecto já está concluído e orçamentado e contará sempre com o entendimento e colaboração da Câmara do Porto", revelou ainda o ministro, que também confirmou o nome de Diogo Infante para director artístico do Teatro Nacional D. Maria II.
(in_publico 20/11/2008)
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