AR: Sócrates assume erro de ter investido pouco na cultura
Lisboa, 17 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, apontou hoje como exemplo de um erro cometido pelo seu Governo nesta legislatura a ausência de um investimento volumoso na área da cultura, tal como aconteceu com a ciência nos últimos anos.
Lisboa, 17 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, apontou hoje como exemplo de um erro cometido pelo seu Governo nesta legislatura a ausência de um investimento volumoso na área da cultura, tal como aconteceu com a ciência nos últimos anos.
"Querem um exemplo [de um erro], então vou dar-vos um exemplo, terão aí uma notícia", declarou o primeiro-ministro no final do debate da moção de censura do CDS-PP ao Governo, perante a insistência dos jornalistas em saber se Sócrates era ou não capaz de apontar um exemplo de um erro que tenha cometido enquanto líder do executivo.
"Se há um erro que é possível identificar ao longo destes anos é que talvez deveríamos ter investido mais em cultura, tal como fizemos em ciência".
Segundo Sócrates, na ciência Portugal tem actualmente "um investimento que representa um por cento da riqueza nacional".
"Os indicadores da ciência melhoraram ao nível das publicações, dos doutoramentos, dos apoios aos cientistas e em relação à presença de cientistas em laboratórios do Estado, mas não fizemos igual esforço na cultura. Acho que na próxima legislatura e nos próximos anos deveremos ter uma atenção redobrada à área da cultura e aumentar a oferta cultural no nosso país. Ora aí está um erro", declarou José Sócrates.
Ao longo do debate da moção de censura, o CDS-PP interpelou várias vezes o primeiro-ministro se assumia algum erro em concreto cometido pelo seu Governo ao longo desta legislatura.
Só em resposta aos jornalistas, no final do debate, é que Sócrates desenvolveu um pouco mais este assunto.
"Toda a gente comete erros quando governa. Se eu pudesse voltar atrás em relação a algumas coisas, faria de forma diferente", assumiu o líder do executivo.
No entanto, logo a seguir, Sócrates acrescentou que "no essencial esta governação respondeu aos problemas do país".
"Tudo aquilo que fizemos foi para servir corajosamente e de forma patriótica o país: pôr as contas públicas em ordem, reformas na educação, nas tecnologias e na energia, entre outras", disse.
PMF.
Lusa/fim
Pois está oficialmente aberta a campanha eleitoral!
ResponderExcluirE se há um erro (além dos de português) que os eleitores e leitores podem identificar é que se enganaram ao pensar que com um claro mandato para governar à esquerda este ia ser um governo de esquerda alicerçado numa verdadeira e coerente política cultural.
Mas "agora é tarde e Inês está morta", José!