segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sede da Companhia de Dança de Lisboa pode ser transferida para Vigo


Grupo deseja voltar ao Palácio dos Marqueses de Tancos
Sede da Companhia de Dança de Lisboa pode ser transferida para Vigo 
10.05.2009 - 18h35 Lusa
O director da Companhia de Dança de Lisboa admitiu hoje que a sede da estrutura pode ser transferida para a Galiza, eventualmente Vigo, se a Câmara de Lisboa não permitir o regresso ao Palácio dos Marqueses de Tancos.

"A instalação da nossa sede na Galiza, concretamente em Vigo, é uma hipótese que equacionamos completamente", disse o director da Companhia de Dança de Lisboa (CDL). 

José Manuel Oliveira garantiu que já houve "contactos informais" no sentido da instalação da sede da CDL naquela região autónoma de Espanha, contactos que se poderão tornar "mais formais" caso das próximas autárquicas não resultem mudanças na liderança da Câmara de Lisboa. 

"Os habitantes de Vigo costumam dizer 'somos de Vigo, capital Lisboa', o que prova a relação muito especial que há entre as duas cidades", acrescentou. "A CDL não tem fronteiras. A nossa sede pode ser em qualquer lugar, o nosso trabalho é importante onde formos bem recebidos, e na Galiza temos sido muito bem recebidos", afirmou. 

No entanto, o responsável ressalvou que a CDL "ainda não desistiu de voltar" ao Palácio dos Marqueses de Tancos, onde esteve durante 20 anos, até ser despejada, em Novembro de 2007, pela Câmara de Lisboa. 

Nesse dia, e em cumprimento de uma ordem do executivo camarário, a Polícia Municipal de Lisboa procedeu ao despejo do espólio da Companhia de Dança de Lisboa instalada no Palácio dos Marqueses de Tancos, na Rua da Costa do Castelo. O despejo foi justificado pelo "perigo iminente de uma catástrofe", dado o mau estado em que se encontravam as instalações à guarda da CDL. 

O espaço ocupado pela CDL no Palácio dos Marqueses de Tancos, edifício do século XVI que sobreviveu ao terramoto de 1755, servia também para habitação de sete bailarinos e um guarda, que foram igualmente desalojados. José Manuel Oliveira classifica essa acção de despejo como "uma espécie de assalto nazi", mas manifestou-se esperançado na reversão da situação, para que a CDL possa voltar para lá. 

"Gastámos lá mais de 400 mil euros em obras para travar a degradação, tornar o espaço habitável e dignificar o palácio, temos protocolo de cedência do imóvel válido até 2013, penso que temos direito a um espaço que é nosso", referiu.




(in_Lusa 12/05/2009)

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