As dificuldades para filmar são hoje maiores, em sua opinião: «O financiamento estatal dá para cerca de metade do custo total e o resto é preciso encontrar noutras partes».
O que acontece «é que parece que eles (os políticos) ainda não se aperceberam bem desta questão», considerou.
«Cada filme dá trabalho a uma equipa completa, músicos, actores, figurantes, dá trabalho à Tóbis, que, veja, continua a tirar cópias do meu primeiro filme, que foi feito em 1931 (Douro, Faina Fluvial) e de todos os outros», acrescentou.
«Sinto que o Estado ainda não vê bem as coisas. A equipa, o realizador, os músicos e essa gente toda que ganha dinheiro paga impostos ao Estado e pagam quase 46 por cento», argumentou Manoel de Oliveira.
O realizador diz que não sente maltratado pelo Estado, mas considera que as entidades oficiais «recebem mais dos impostos do que aquilo que dão para fazer os filmes».
Apesar das dificuldades, há uma entidade que o cineasta elogia: «A Fundação Gulbenkian tem sido um apoio formidável».
(in_visão 19/11/2008)
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