No dia 23 de Abril foi aprovada na Comissão Europeia, com 377 votos a favor, 178 contra e 37 abstenções, uma directiva que prevê a extensão do prazo de protecção dos artistas intérpretes e executantes de 50 para 70 anos. O Ministério da Cultura anunciou no dia 5 de Maio que não vai apoiar esta directiva, fazendo parte de uma minoria de seis países europeus que bloqueia a aprovação desta lei.
João Gil, Da Weasel, Luís Represas, o Maestro Vitorino d`Almeida, Mariza, Miguel Ângelo, Toy e Camané, entre outros, juntaram-se terça-feira no Cabaret Maxime, em Lisboa, para demonstrar a sua oposição ao governo nesta matéria. Durante o manifesto foram apresentados depoimentos gravados em vídeo de Bjorn Ulvaes, dos ABBA, Jamie Collum, Adamo, e Bob Gedolf.
Chamado a fazer o discurso de abertura, o Maestro Vitorino d`Almeida contou que lhe era difícil «assumir uma posição crítica face a uma coisa que não conhece», referindo-se ao facto de o ministro da Cultura não ter dado nenhum razão para a posição tomada.
«Eu tinha dúvidas que o ministro existia», criticou.
Carlos Nobre, vocalista dos Da Weasel, mais conhecido por Pacman, leu uma declaração de Carlos do Carmo, em que o fadista exortava a tutela a aprovar a directiva europeia, uma vez que «todos sairão vencedores: o público, os velhos artistas e as gravadoras detentoras das suas obras, que se obrigam a protegê-las».
O cantor Pedro Barroso referiu a solidariedade existente entre os artistas e Eduardo Simões, da Associação Fonográfica Portuguesa, não entende a posição de um «ministro [que está] contra a Cultura».
No depoimento que enviou para esta acção de protesto, Sir Bob Gedolf afirmou que «Portugal deve proteger os seus artistas ou então deve livrar-se do ministro da Cultura».
Cerca de 38 mil artistas europeus e 328 portugueses assinaram uma petição a favor da aprovação da directiva europeia.
(IOL on-line 14/05/2009)
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