O professor catedrático da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto aponta o dedo, por exemplo, a Serralves que "não tem cumprido uma das suas funções estatutárias que é a de divulgar a nossa arte. Não há mostras que destaquem artistas da década de 60 até aos nossos dias", refere Pinto de Almeida.
Esta lacuna - que incide sobre o século XX e o modernismo - não visa apenas a pintura, mas estende-se também "à poesia, à música e a outras expressões artísticas", frisou.
O professor, que é o comissário de uma exposição sobre Júlio Saúl Dias, que sábado abre em Vila do Conde, considera que o pintor e poeta caiu no esquecimento porque Portugal é "um país inculto".
Apesar de já existirem estudos sobre História da Arte, estes "só chegam ao universo académico e não à população em geral, porque a edição de arte é complicada. Geograficamente somos pequenos, a cultura é pouca e as pessoas não têm meios para comprar os livros que são muito caros", lamentou.
Pinto de Almeida afirmou ainda que "existe uma dimensão de incultura que é típica no nosso país e que acaba por ser reforçada pelas próprias instituições".
(in_Público 30/09/2009)
Relativamente à música tenho uma opinião diferente. Não acho que uma arte deva ser divulgada só por ser portuguesa ou por ser estrangeira. Penso que deve ser promovida por ser excepcional. Divulgar música portuguesa por e simplesmente porque é nacional é contribuir para o laxismo e não obrigar a uma cultura de exigência em termos de composição.
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