sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Incidente na cerimónia pública...

O Director-Geral das Artes afirmou-se hoje «perplexo» com a interpelação que uma compositora fez ao primeiro-ministro sobre o apoio do Governo aos artistas e indicou que a associação que dirige recebe 200 mil euros por ano.

A compositora Paula de Castro Guimarães criou um incidente na cerimónia pública de apresentação de dois programas de apoio à formação de jovens nas áreas da cultura e da cooperação (INOV-ART e INOV-Mundus) ao questionar o primeiro-ministro sobre o apoio para os artistas com mais de 35 anos.

«E aqueles que têm mais de 35 anos?», perguntou a José Sócrates a directora da associação cultural Miso Music Portugal no final do discurso do primeiro-ministro.

Em declarações aos jornalistas, a compositora e flautista explicou depois que apoia o programa do Governo destinado a criar estágios internacionais para jovens (entre os 18 e os 35 anos) ligados às áreas das artes e cultura, mas que entende que também deve ser dado apoio à internacionalização dos outros artistas.
Jorge Barreto Xavier, Director-Geral das Artes, que gere o programa INOV-ART, disse à Lusa que ficou «perplexo» com o ocorrido dado que a Miso Music Portugal «é a entidade mais apoiada na área da música» e recebe anualmente 200 mil euros.

O mesmo responsável disse ainda que «se há uma entidade que se tem internacionalizado é essa» e sublinhou que a linha de apoios que existe na Direcção-Geral das Artes não faz qualquer discriminação de idades.

No final da cerimónia, o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, reagiu ao incidente e às críticas da artista apontando a existência de um programa de 22 milhões de euros «de apoio a todas as artes e todas as áreas culturais» na Direcção-Geral das Artes.

«O apoio à cultura é um trabalho sem fim. Haverá sempre mais coisas para fazer, mas o que lhe quero dizer é que hoje demos um passo na direcção certa», disse Sócrates em resposta à interpelação da artista.
(in_diário digital 08/01/2009)

Um comentário:

  1. Acho que no próximo ano, era uma vez um subsídio. Como dizia aquele grande pensador socialista, "quem se mete com o PS leva" ou neste caso, não leva.

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