As famílias algarvias são das que menos gastam em cultura no país, disse à Lusa o reitor da Universidade do Algarve, no âmbito do I Encontro de Gestores Culturais do Algarve.
O reitor da Universidade do Algarve (UALg), João Guerreiro, lembrou que a parte do orçamento das famílias dedicado à cultura no Algarve é menor do que no Norte ou no Centro do país, equiparando-se ao do Alentejo, e justificou o défice de produção cultural na região com a sazonalidade e com o facto de as zonas urbanas serem muito distantes entre si."A produção cultural no Algarve tem um défice que resulta da sua dimensão, porque é uma região urbana, mas fragmentada, o que não favorece as actividades culturais", argumentou João Guerreiro.
O reitor defende que só com uma maior qualificação do público é que se pode exigir mais e melhor cultura. "A sociedade do Algarve ainda é pouco qualificada e pouco exigente a nível cultural. O público consumidor no Algarve é pouco exigente", um factor a que a sazonalidade da região também não ajuda, uma vez que os eventos culturais do Verão "são efémeros" e "não deixam raízes" na população local, recorda.
O primeiro Encontro de Gestores Culturais do Algarve encerrou ontem com a realização da maioria das conferências e mesas-redondas, no campus das Gamblelas. O evento teve como mote Que desenvolvimento cultural para o Algarve e foi organizado pela Associação de Gestores Culturais do Algarve.
(in_público 08/11/2008)
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