
Há décadas que a CML cede espaços a artistas. Uns, à borla. Outros, com rendas de 30€
São 70 os ateliers cedidos a artistas plásticos contabilizados pela Câmara Municipal de Lisboa após um primeiro levantamento levado a cabo pelos serviços municipais, em Março passado. O documento revela que a maioria daqueles espaços estão atribuídos por um prazo indeterminado, sem existência de protocolos e, nalguns casos, a título gratuito. José Pedro Croft, Lagoa Henriques, Carlos Amado, Maria Helena Matos, António Cerveira Pinto, João Vieira e até a jornalista Dina Aguiar (neste caso é a filha que é artista...) são alguns dos contemplados pela autarquia num processo de distribuição sem critérios definidos que teve início em 1970, com Fernando Santos e Castro à frente do município e fechado há pouco mais de um ano durante o mandato de Carmona Rodrigues.

Um dos casos mais escandalosos é o do escultor Sam. O escultor morreu há 15 anos, mas para que o espaço possa ser ‘libertado’ pela família, a autarquia “terá de comprar o espólio do artista”, conta fonte do Gabinete de Rosália Vargas, vereadora da Cultura. As negociações já estão em curso.(Escandaloso!!!)
Outro caso muito interessante é o do escultor Carlos Amado, que não executa qualquer trabalho há dois anos, considera ainda que esta é uma cedência “a título provisório ad aeternum”.
Com direito a “espaço de descanso, porque um artista trabalha a qualquer hora”, como diz Carlos Amado, existem meia dúzia de ateliers ainda mais espaçosos na Avenida da Índia, em Belém, atribuídos no final dos anos 70.
Mas o caso mais polémico em Alvalade tem como protagonista Cerveira Pinto. O pintor transformou o seu atelier no piso térreo em galeria comercial e a autarquia não gostou. Com um processo instaurado pela CML e com as portas fechadas, Cerveira Pinto alega direitos adquiridos.(Ridículo!!!)
(in_expresso 06/10/2008)
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