quarta-feira, 15 de julho de 2009

Teatro Municipal da Guarda em campanha contra o vandalismo



Espaço tem sido alvo de actos de destruição
O Teatro Municipal da Guarda está a realizar uma campanha de sensibilização e de denúncia pública contra os actos de vandalismo de que as suas instalações têm sido alvo.

Segundo Virgílio Bento, vice-presidente da Câmara da Guarda e responsável pelo pelouro da Cultura, vários actos de vandalismo perpetrados ao longo dos últimos meses nas instalações do teatro, causaram "um elevado prejuízo económico" à empresa municipal que gere o complexo. Para denunciar e tentar evitar mais ocorrências, foi colocada uma tarja numa das fachadas do edifício e vão ser promovidas acções sobre a temática do vandalismo. 

Virgílio Bento referiu que os actos de destruição incluíram a quebra de duas placas de vidro das paredes do edifício da galeria de arte e do café-concerto, “graffitis” nas paredes da rampa de acesso ao complexo e numa das portas.

O teatro exemplifica que a substituição dos painéis de vidro vai custar "aproximadamente, 10 mil euros", verba que "daria para três exposições na galeria de arte, ou seis espectáculos de teatro".

"O TMG é de todos. Repudiemos o vandalismo", é o mote da campanha iniciada pela direcção do teatro, liderada por Américo Rodrigues, que para além da denúncia pública, irá realizar actividades específicas sobre o assunto. 

O responsável adiantou que o tema do vandalismo será discutido amanhã, a partir das 21h30, numa sessão com a participação de Aires Almeida (arquitecto), Nelson Oliveira (sociólogo) e João Valente (psicólogo). "Vandalismo: causas, efeitos e manifestações" é o título da tertúlia marcada para o café-concerto. 

Américo Rodrigues também anunciou que dias 2, 3 e 4 Outubro, o artista plástico Kim Prisu vai orientar várias sessões de uma actividade, denominada "pintura-acção", na qual pintores e “grafitters” são convidados a recriar o muro do teatro, junto às instalações da GNR local.

O vice-presidente da Câmara da Guarda disse que a destruição dos painéis de vidro "foi um acto de vandalismo propositado" e que as várias ocorrências registadas no complexo "têm sido participadas à PSP". 
lusa

terça-feira, 7 de julho de 2009

Maria João Pires confirma querer dupla nacionalidade


A pianista Maria João Pires confirma que pondera pedir também a nacionalidade brasileira, mas recusa que essa atitude seja motivada por «sentimentos negativos em relação a Portugal», contrariando notícias que lhe atribuíam a decisão de deixar de ser cidadã portuguesa.

Numa nota enviada pelo seu advogado à agência Lusa, é repudiada a forma como foi noticiada a «suposta vontade» da pianista de renome internacional de vir a «renunciar à nacionalidade portuguesa», decisão motivada por uma «suposta zanga» com o Governo por «alegada falta de apoio à actividade da Associação Belgais», que Maria João Pires fundou perto de Castelo Branco.

A polémica surgiu depois de um encontro ocasional entre a intérprete e um jornalista num centro comercial de Lisboa, durante o qual Maria João Pires teria revelado a alegada intenção de abandonar Portugal, optando por se tornar cidadã brasileira, de acordo com o relato do repórter feito pelo jornal Público e pela rádio Antena 1.

A carta do advogado garante que a hipótese de optar por acrescentar a nacionalidade brasileira à portuguesa vinha sendo admitida há três anos pela pianista e tem por justificação o facto de «ter a sua vida organizada nesse país» e pretender ir viver para o Brasil.

«Grave e descabida» é como considera a interpretação de que essa atitude teria a ver com os últimos incidentes relacionados com a Associação de Belgais, actualmente gerida pela filha de Maria João Pires e a braços com dificuldades financeiras, pelo que corre o risco de encerrar.

O advogado classifica do mesmo modo as «constantes insinuações de que Maria João Pires retirou algum benefício pessoal dos apoios que foram concedidos pelo Estado Português, nomeadamente pelo Ministério da Educação» à Associação de Belgais.

Reitera também a intenção, que igualmente diz ter desde há três anos, de se «afastar de todos os projectos a que durante anos se dedicou em Portugal até à exaustão, no que se inclui a exaustão dos seus recursos próprios».

Diário Digital / Lusa 


Artistas e Impostos - IVA



DIVULGUEM!!! E ESTEJAM PREPARADOS!

Entrou hoje na Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais o pedido de revogação da informação vinculativa em que a Administração Fiscal se baseia para cobrar indevidamente o IVA aos artistas.
Caso o Ministério não corrija a situação por vontade própria, teremos todos que estar preparados para, no exercício dos direitos e na observação dos deveres de cidadania, fazer valer os nossos legítimos interesses.

Foi publicada no jornal Público a nota de esclarecimento que segue em anexo.

Mais informações no sítio da GDA em www.gdaie.pt

Por favor ajudem a divulgar, esta situação é uma muito grave violação  dos nossos direitos e não pode ser admitida!

 Obrigado

 P.S. É muito importante para o sucesso das nossas diligências termos conhecimento do número de artistas que está a braços com as Finanças por causa do IVA. Agradecemos que nos informem se for o vosso caso ou de alguém que conheçam (desde que a pessoa em causa não se oponha) para o email: impostos@gdaie.pt.

 Um Abraço
 Luís Sampaio | Direcção GDA - Comunicação e Imagem

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Decretada falência da Valentim de Carvalho-lojas - JN

Decretada falência da Valentim de Carvalho-lojas - JN

A falência ontem decretada da Valentim de Carvalho - lojas marca o fim de um gigante português da venda de discos, que chegou a atingir a centena de estabelecimentos e acabou com cerca de uma dezena e enterrada em dívidas. A Valentim de Carvalho surgiu em 1914, na Rua da Assunção, em Lisboa, vendendo instrumentos musicais, gramofones e pautas de música...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cancelamento 2

"Formas" Cancelado


Cancelamento 1

Festival Projecto Sinergia - Cancelado

É com grande decepção que a equipa do Projecto Sinergia se vê obrigada a cancelar a 3ª edição do evento Projecto Sinergia.

Nos últimos 3 meses, concluímos com algum sucesso a pré-produção do evento, no entanto, devido a questões técnicas e legais, e considerando, neste caso, o elevado risco que representaria ver o evento impossibilitado à última da hora, e também ainda, não querendo ultrapassar o período útil que permita aos colaboradores e público consumar possíveis alternativas, decidimos pela opção preventiva de cancelar este evento.

As pessoas que adquiriram bilhetes de pré-venda serão contactadas brevemente por correio electrónico. Para informações mais detalhadas, contacte-nos, através do e-mail: etickets@projecto-sinergia.org

domingo, 21 de junho de 2009

Belgais à venda



Polémica: Encerramento devido a arresto de bens e falta de apoios

Belgais à venda

AGranja de Belgais, em Castelo Branco, onde Maria João Pires lançou um projecto de ensino artístico, está à venda na internet e parte do seu recheio foi confiscado pelo tribunal. O fim da iniciativa foi anunciado pela filha da pianista, Joana Pires, que acusa as entidades públicas locais de falta de apoio.

A quinta que Maria João Pires adquiriu em 1999 para alojar o seu projecto cultural, e que serviria de sede à Associação Belgais, foi entretanto transformada em espaço de turismo rural, acolhendo casamentos, baptizados e outros eventos, em parceria com um restaurante da cidade. Agora está à venda no site de internet de uma imobiliária, encontrando-se o preço 'sob consulta'.

'Não somos bem-vindos aqui', disse ao CM Joana Pires, actual presidente da Associação Belgais, lamentando a falta de apoios de várias entidades, entre as quais a Câmara de Castelo Branco.

'Pedimos apoio moral e uma garantia bancária para desbloquear o problema, negociada da forma que quisesse. Mas o presidente da autarquia foi gelado e disse que não tinha nada a ver com o assunto', contou Joana Pires.

O projecto chegou a ser financiado pelos ministérios da Educação e da Cultura e por uma instituição bancária espanhola, mas o único subsídio actual (do Ministério da Educação), bem como todo o mobiliário e os instrumentos musicais da escola, foram arrestados pelo Tribunal de Castelo Branco, no âmbito de uma acção judicial movida por quatro ex-funcionários.

APOIO LOCAL

Joaquim Morão, presidente da Câmara de Castelo Branco, refuta as acusações de Joana Pires, afirmando que 'não compete à autarquia dar garantias bancárias nem pagar as dívidas das associações'. Ao longo dos anos, o município financiou o projecto com 70 mil euros e asfaltou, com verbas comunitárias, o caminho rural que liga a EN240 à Granja de Belgais.

PORMENORES

AULAS PARA 40 CRIANÇAS

As aulas de música eram frequentadas por 40 crianças do 1.º Ciclo da Escola da Mata.

MESMAS ACTIVIDADES

Com o fim do projecto de Belgais, as crianças terão as mesmas actividades, mas desenvolvidas pelo agrupamento de escolas.

PROJECTO DILUÍDO

No início o projecto era 'realmente diferente', mas diluiu--se com a introdução das actividades extracurriculares em todas as escolas.

CORO E TEATRO

O agrupamento de escolas criou um clube de teatro que abrange todas as escolas, o mesmo acontecendo com o Coro de Belgais.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Director de Serralves acusa o Porto de abandonar artistas


Director de Serralves acusa o Porto de abandonar artistas

João Fernandes fala num paradoxo, numa cidade com instituições de referência.

O director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves considera que o panorama cultural do Porto vive "num paradoxo, com instituições de referência por um lado, e, por outro, os artistas votados ao abandono".
Em declarações à Lusa, João Fernandes admite que "tem havido, nos últimos anos, alterações positivas com o crescimento na cidade de instituições de referência e, ao mesmo tempo, impasses e paradoxos. "Um deles", assinalou, é o facto de a região ter, neste momento, instituições de referência a nível nacional e internacional, como Serralves, a Casa da Música e o Teatro Nacional de S. João, e, ao mesmo tempo, o Porto ser tão pouco acolhedor para os artistas desenvolverem trabalho".

João Fernandes sublinhou que "fica por apoiar e desenvolver o trabalho dos artistas jovens e esse é um défice da política cultural da cidade" . Para o director de Serralves, "seria importante desenvolver estratégias nesse sentido, criando condições para atrair artistas que venham trabalhar na cidade e para que os artistas do Porto tenham condições para apresentar o seu trabalho", disse.
Fernandes citou o exemplo da dança moderna, que ainda há poucos anos era mostrada regularmente no palco do Rivoli, assim como outros projectos de artes performativas, situação que se modificou com a cedência daquele espaço a uma companhia teatral.

in_Público / Quarta Parede

Museu do Douro sem administração



Museu do Douro sem administração

A Fundação do Museu do Douro, na Régua, está sem Conselho de Administração há cinco meses. Três dos cinco elementos foram escolhidos em Dezembro por privados e autarquias. O Governo tarda em nomear os outros.

De acordo com o Decreto-Lei nº 70/2006 de 23 de Março, que criou a Fundação Museu do Douro, "o mandato dos administradores designados para a composição inicial do CA inicia-se na data da criação da Fundação e termina em 31 de Dezembro de 2008". Perante a situação, há vozes que se levantam contra o ministro da Cultura, Pinto Ribeiro, pela demora em regularizar a situação. "Acho incrível o que se está a passar. Uma vez que há uma lei que determina a nomeação de elementos do CA até Dezembro, é lamentável que ela não seja cumprida", critica o ex-director do Museu do Douro, Gaspar Martins Pereira. Ao mesmo tempo, nega "peremptoriamente" qualquer convite do Governo para assumir um cargo na estrutura do museu, nomeadamente na administração, embora o rumor corra na região.

"O Museu do Douro está refém de uma decisão ministerial", considera o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes. Acusa o ministro de "manipulação ilegítima", ao mesmo tempo que "menoriza os restantes intervenientes". Por estes motivos, atira que os fundadores "estão a ser enganados" e que o projecto do Museu do Douro "é uma fraude".

Esta insatisfação surge numa altura em que a crise também se instalou no Museu do Douro, o que obrigou a apelar ao mecenato dos durienses durante as comemorações dos 200 anos do Barão de Forrester, ainda em curso. Entre as 20 autarquias fundadoras, apenas cinco têm as contas totalmente liquidadas. Artur Cascarejo admite a falta da sua autarquia: "Ainda não está tudo saldado, mas temos vindo a pagar as nossas dívidas". Francisco Lopes salienta que pagará "quando sentir que o museu está a fazer alguma coisa útil pelo projecto" que apoiou desde início. O edil de Moncorvo Aires Ferreira admite pagar a dívida em breve, salientando que ainda não o fez devido a "dificuldades financeiras" da autarquia.

Certo é que a crise e a falta de tesouraria já fez com que o director do museu, Maia Pinto, anunciasse que a instalação de 11 pólos na Região Demarcada vai ficar reduzida a cinco. "Os outros não estão esquecidos, mas ficam em "stand-by"", disse.


in_JN

Encenaria o caso do Banco Privado Português no teatro?

Rui Madeira, director artístico da CTB a e Administrador do Theatro Circo de Braga, diz que José Sócrates tem de parar de pedir Se a realidade supera a ficção, ele, actor e encenador, desculpa por ter sido apanhado a fumar ou pelos votos de Manuel Alegre.di-lo com frontalidade: "Somos um país de donas brancas. Púdicas, ainda por cima". Rui Madeira vive em Braga, ali a um passo da Europa.

Votou para as eleições Europeias?

Obviamente.

No candidato da "roubalheira"?

[Risos] No Vital Moreira, sim.

Perdeu. Ficou desapontado?

Perdi, mas não fiquei desapontado. O engenheiro Sócrates começou a perder no dia em que pediu desculpa por ter sido apanhado a fumar. A partir daí, entrou num esquema que era só pedir desculpas. Desculpa por ter um bom ministro da Saúde e demitiu-o. Desculpa a Manuel Alegre por ele ter tido um milhão de votos, quando esse milhão serve para tudo menos para o Benfica ganhar o campeonato. E perdeu também aí. Trama-se sempre que pede desculpa. Tem que parar de pedir.

Acha que o PS ainda pode ganhar as eleições legislativas?

Espero que ganhe. O PS perdeu as europeias, mas o PSD não as ganhou. Quem ganhou foi o Alegre.

Mas porquê? Vê o poeta Manuel Alegre como um traidor do PS?

Não tenho esses pensamentos [Risos]. Acho é que ele conduz um enorme autobus, que faz ali o percurso entre as esquerdas todas, e isso não contribui para a clarificação da situação política.

Paulo Rangel, além de vencedor, foi mesmo o político revelação desta ronda eleitoral?

Acho que sim. Tenho simpatia pela sua figura intelectual. Os cidadãos deviam perceber que há cada vez menos gente interessada em sofrer a crucificação na praça pública só porque está disponível para servir a causa pública de peito aberto.

A que distância está Braga, onde vive e trabalha, da Europa?

Muito próxima. Há pessoas que estão no centro da Europa e continuam provincianas e pessoas do Gerês que têm um olhar muito concreto sobre o que valem e o que vale a Europa para eles.

Mário Soares manifestou-se contra a reeleição de Durão Barroso na presidência da União Europeia. Que sentido faz agora?

Tenho profundo apreço por Mário Soares, como tinha por Álvaro Cunhal ou Lucas Pires, como tenho por Adriano Moreira. Fazem falta pessoas com liberdade para dizer o que pensam. Se o PS tivesse ganho as eleições teria direito a exigir outro presidente; assim, não... Acho graça à atitude do Sócrates ter dito: "Porreiro, pá!"

Não nomeou Cavaco Silva no rol de pessoas que preza, apesar de ter estado com ele em Santarém no 10 de Junho. Não ficou solidário quando o ouviu dizer que está a perder o dinheiro das poupanças?

Essa intervenção dele foi desastrosa. Só tem paralelo com a altura em que era primeiro-ministro e veio dizer que na sua residência oficial não tinha construído um tanque. Representa a mentalidade típica dos portugueses: o medo de assumir coisas. Foi a pior prestação que poderia ter feito a Manuela Ferreira Leite. Numa altura em que se discutia a relação do BPN com o PSD, foi um tiro nos dois pés dela. Em compensação, gostei que tivesse vetado esta semana a proposta para aumentar o financiamento dos partidos. Se passasse, seria um escândalo.

Ferreira Leite recuperou desse tiro depois da vitória nas europeias?

Não, porque ela não é vencedora. A abstenção foi muito alta e os votos que o PSD teve são quase iguais à derrota de Santana Lopes nas outras eleições. Pode até ser que isto crie dinâmicas e expectativas, mas da leitura crua dos números não saiu uma vencedora.

Encenaria o caso do Banco Privado Português (BPP) no teatro?

Era capaz. Os portugueses deviam ter direito, de graça, ao livro do seu ex-presidente, João Rendeiro. Como o próprio nome indica, Rendeiro rende. O problema é que isto é um país de donas brancas e ainda não as conhecemos todas. Donas brancas púdicas, ainda por cima.

Acha bem que o Governo tenha anunciado esta semana que lava as mãos do caso BPP?

Acho bem que lave as mãos, porque ali já há demasiada gente com as mãos sujas. Aquilo é um problema de tribunal, não é coisa para os contribuintes pagarem.


in_JN