quarta-feira, 17 de junho de 2009

Museu do Douro sem administração



Museu do Douro sem administração

A Fundação do Museu do Douro, na Régua, está sem Conselho de Administração há cinco meses. Três dos cinco elementos foram escolhidos em Dezembro por privados e autarquias. O Governo tarda em nomear os outros.

De acordo com o Decreto-Lei nº 70/2006 de 23 de Março, que criou a Fundação Museu do Douro, "o mandato dos administradores designados para a composição inicial do CA inicia-se na data da criação da Fundação e termina em 31 de Dezembro de 2008". Perante a situação, há vozes que se levantam contra o ministro da Cultura, Pinto Ribeiro, pela demora em regularizar a situação. "Acho incrível o que se está a passar. Uma vez que há uma lei que determina a nomeação de elementos do CA até Dezembro, é lamentável que ela não seja cumprida", critica o ex-director do Museu do Douro, Gaspar Martins Pereira. Ao mesmo tempo, nega "peremptoriamente" qualquer convite do Governo para assumir um cargo na estrutura do museu, nomeadamente na administração, embora o rumor corra na região.

"O Museu do Douro está refém de uma decisão ministerial", considera o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes. Acusa o ministro de "manipulação ilegítima", ao mesmo tempo que "menoriza os restantes intervenientes". Por estes motivos, atira que os fundadores "estão a ser enganados" e que o projecto do Museu do Douro "é uma fraude".

Esta insatisfação surge numa altura em que a crise também se instalou no Museu do Douro, o que obrigou a apelar ao mecenato dos durienses durante as comemorações dos 200 anos do Barão de Forrester, ainda em curso. Entre as 20 autarquias fundadoras, apenas cinco têm as contas totalmente liquidadas. Artur Cascarejo admite a falta da sua autarquia: "Ainda não está tudo saldado, mas temos vindo a pagar as nossas dívidas". Francisco Lopes salienta que pagará "quando sentir que o museu está a fazer alguma coisa útil pelo projecto" que apoiou desde início. O edil de Moncorvo Aires Ferreira admite pagar a dívida em breve, salientando que ainda não o fez devido a "dificuldades financeiras" da autarquia.

Certo é que a crise e a falta de tesouraria já fez com que o director do museu, Maia Pinto, anunciasse que a instalação de 11 pólos na Região Demarcada vai ficar reduzida a cinco. "Os outros não estão esquecidos, mas ficam em "stand-by"", disse.


in_JN

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