quarta-feira, 17 de junho de 2009

Director de Serralves acusa o Porto de abandonar artistas


Director de Serralves acusa o Porto de abandonar artistas

João Fernandes fala num paradoxo, numa cidade com instituições de referência.

O director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves considera que o panorama cultural do Porto vive "num paradoxo, com instituições de referência por um lado, e, por outro, os artistas votados ao abandono".
Em declarações à Lusa, João Fernandes admite que "tem havido, nos últimos anos, alterações positivas com o crescimento na cidade de instituições de referência e, ao mesmo tempo, impasses e paradoxos. "Um deles", assinalou, é o facto de a região ter, neste momento, instituições de referência a nível nacional e internacional, como Serralves, a Casa da Música e o Teatro Nacional de S. João, e, ao mesmo tempo, o Porto ser tão pouco acolhedor para os artistas desenvolverem trabalho".

João Fernandes sublinhou que "fica por apoiar e desenvolver o trabalho dos artistas jovens e esse é um défice da política cultural da cidade" . Para o director de Serralves, "seria importante desenvolver estratégias nesse sentido, criando condições para atrair artistas que venham trabalhar na cidade e para que os artistas do Porto tenham condições para apresentar o seu trabalho", disse.
Fernandes citou o exemplo da dança moderna, que ainda há poucos anos era mostrada regularmente no palco do Rivoli, assim como outros projectos de artes performativas, situação que se modificou com a cedência daquele espaço a uma companhia teatral.

in_Público / Quarta Parede

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