sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ignorância Cabal em relação ao cinema documetário

No entender de Sérgio Tréfaut, o documentário está a passar ao lado da realidade portuguesa e devia ser mais matéria-prima do que arquivo de uma sociedade. O programador culpa, em parte, o Instituto do Cinema e Audiovisual de "ignorância cabal em relação ao documentário" e de ter júris que desconhecem o que se faz nesta área. 
A par destas questões, de financiamento, dos estilos e tendências deste género cinematográfico, os Estados Gerais do Documentário pretendem ainda delinear estratégias para o futuro. Para Sérgio Tréfaut, o caminho é claro: "Passa por conseguirmos ter uma escola de documentário a sério e importar grandes professores do documentário para formar novas gerações".

Em Portugal falta uma escola de cinema documental que forme novas gerações de realizadores, lamentou o director do festival DocLisboa, Sérgio Tréfaut, em entrevista nas vésperas dos” Estados Gerais do Documentário”. Entre segunda e quarta-feira, a Apordoc, a associação que realiza o festival DocLisboa, celebra dez anos de actividade e propõe um debate em Lisboa sobre o estado de saúde do documentário em Portugal, reunindo realizadores e produtores de cinema.

Antecipando o debate, Sérgio Tréfaut falou de uma evolução positiva na produção de documentários em Portugal nos últimos dez anos, mas criticou os critérios de financiamento, a falta de tradição de ensino e uma predominância do discurso televisivo no cinema documental.

(in_publico 25/10/2008)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Indignem-se, discutam,denunciem, comentem... não adormeçam!!!