segunda-feira, 20 de abril de 2009

Contínuo salva acervo histórico

Descoberta: Autoridades ignoravam documentação

Num armazém de Pendão (Queluz), arrendado pelo Estado, foram encontrados milhares de documentos respeitantes à governação no período que medeia os anos de 1938 e 1957, cuja existência os responsáveis dos arquivos nacionais desconheciam.

O alerta partiu de um contínuo do armazém, de nome Agostinho, segundo a edição de ontem do ‘Público’. Este funcionário chamou a atenção para o facto em Outubro passado, aquando de uma visita de trabalho do director da Torre do Tombo (Instituto dos Arquivos Nacionais), Silvestre Lacerda.

A importância do achado traduz-se na constatação de que é possível, agora, estudar com maior acuidade muitas das decisões tomadas por Salazar num período--chave da Ditadura em Portugal.

O armazém de Pendão está arrendado pelo Gabinete para os Meios de Comunicação Social, ligado à Presidência do Conselho de Ministros. Provavelmente, as 2827 pastas que o integram terão ali permanecido cerca de três décadas.

Durante esse tempo, o precioso conteúdo foi ignorado pelas instâncias que deveriam zelar pela sua conservação e classificação, assim como proporcionar o respectivo estudo.

Acondicionado, no armazém, em cerca de uma centenas de caixas, este arquivo foi entretanto transferido para a Torre do Tombo. Alguns documentos serão expostos no próximo dia 29, data em que, segundo o ‘Público’, Silvestre Lacerda anunciará a incorporação deste acervo na Torre do Tombo.

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