terça-feira, 7 de julho de 2009

Maria João Pires confirma querer dupla nacionalidade


A pianista Maria João Pires confirma que pondera pedir também a nacionalidade brasileira, mas recusa que essa atitude seja motivada por «sentimentos negativos em relação a Portugal», contrariando notícias que lhe atribuíam a decisão de deixar de ser cidadã portuguesa.

Numa nota enviada pelo seu advogado à agência Lusa, é repudiada a forma como foi noticiada a «suposta vontade» da pianista de renome internacional de vir a «renunciar à nacionalidade portuguesa», decisão motivada por uma «suposta zanga» com o Governo por «alegada falta de apoio à actividade da Associação Belgais», que Maria João Pires fundou perto de Castelo Branco.

A polémica surgiu depois de um encontro ocasional entre a intérprete e um jornalista num centro comercial de Lisboa, durante o qual Maria João Pires teria revelado a alegada intenção de abandonar Portugal, optando por se tornar cidadã brasileira, de acordo com o relato do repórter feito pelo jornal Público e pela rádio Antena 1.

A carta do advogado garante que a hipótese de optar por acrescentar a nacionalidade brasileira à portuguesa vinha sendo admitida há três anos pela pianista e tem por justificação o facto de «ter a sua vida organizada nesse país» e pretender ir viver para o Brasil.

«Grave e descabida» é como considera a interpretação de que essa atitude teria a ver com os últimos incidentes relacionados com a Associação de Belgais, actualmente gerida pela filha de Maria João Pires e a braços com dificuldades financeiras, pelo que corre o risco de encerrar.

O advogado classifica do mesmo modo as «constantes insinuações de que Maria João Pires retirou algum benefício pessoal dos apoios que foram concedidos pelo Estado Português, nomeadamente pelo Ministério da Educação» à Associação de Belgais.

Reitera também a intenção, que igualmente diz ter desde há três anos, de se «afastar de todos os projectos a que durante anos se dedicou em Portugal até à exaustão, no que se inclui a exaustão dos seus recursos próprios».

Diário Digital / Lusa 


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