quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Miguel Sousa Tavares quer o seu disco rígido de volta


“Apelo ao ladrão que me devolva o disco rígido”

Correio da ManhãAssaltaram a sua casa e levaram só o computador portátil com escritos de dois novos livros seus. Acha que foi um assalto direccionado?
Miguel Sousa Tavares O motivo não foi amistoso, não. E levaram, com o computador, documentos pessoais, além do passaporte. Até a polícia acha estranho: tinha dois livros de cheques ao lado do computador e não os levaram.
CM– O que vai fazer a seguir?
MST– Não sei, tudo isto é frustrante. É ver a minha vida devassada. Chamei logo a polícia na noite do assalto [domingo] e o seguro paga-me o computador, mas ninguém me paga um ano de tardes e noites inteiras a escrever. Tenho de começar a reagir: não sei como, nem quando, mas tenho de o fazer...
CM Não tinha notas ou outro arquivo dos livros?
MST– Pouco. Tinha parte de um livro numa pen, mas não é suficiente.
CM– Admite retomar os livros com base nos mesmos temas ou começar de novo?
MST– Pergunto-me isso a mim mesmo. Não sei se volto aos temas.
CM Tem alguma esperança na recuperação deste material?
MST– Não, sinceramente não acredito.
CM– Esteve ausente no fim-de-semana no Porto. Como se deu conta do assalto e como entraram os ladrões em sua casa?
MST– Subiram uma escada e entraram por um alçapão no telhado, daí deixaram-se cair para a minha varanda que é no último andar. Mal entrei em casa percebi que tinha sido assaltado: havia luzes acesas, gavetas abertas... Dei uma volta à procura do ladrão e depois percebi que faltava o computador. Nem havia impressões digitais, parece que usaram luvas.
CM– Já andariam a vigiar os seus hábitos e a sua casa...
MST– E até sabiam bem como entrar... Só faço um apelo ao ladrão, se for só um ladrão de computadores, que fique com ele, mas que pegue no disco rígido e mo devolva.

(in_correio da Manhã 22/10/2008)


(...)O jornalista e escritor, autor do bestseller «Equador», disse ao jornal não ter cópias completas dos livros que se encontravam no computador. «Perdi mais de um ano de trabalho. Tinha um livro que já ia a meio e outro que ia a cerca de um quinto», declarou.(...)
(...)Em maré de azar, Sousa Tavares viu ainda o seu carro rebocado quando o estacionou para ir comprar outro portátil.

(in_Portugal Diário 22/10/2008)


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